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Poesias-->Realidade -- 25/09/2007 - 10:34 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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REALIDADE
Antenas redondas nos tetos dos prédios
Parecem sombrinhas de fadas e espíritos.
Te espero sem nada e sem hora nem onde,
Te aguardo ou descarto?
Consigo aquietar meu nervoso palpite
De tantas manhãs e momentos de busca,
De espera e de sonho, talvez,
De “quem sabe”...
Mas sei que não posso amarrar as entranhas
E dar-lhes castigo e deixá-las à espera
num sempre que aguarda,
no eterno pendente...
Terá o coração a paciência e a garra
De não duvidar quando o tempo se escoa?
Na impávida tarde a cidade se esgana
E as últimas luzes se acendem em flores...
Irei procurar como rasto tua casa
- ou talvez o teu mar, teu abrigo, teu nome-
sabendo que lutas com fúria nas torres
abrindo os espaços: e vives, e corres!
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