Usina de Letras
Usina de Letras
79 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62848 )
Cartas ( 21345)
Contos (13290)
Cordel (10349)
Crônicas (22569)
Discursos (3245)
Ensaios - (10544)
Erótico (13586)
Frases (51242)
Humor (20120)
Infantil (5547)
Infanto Juvenil (4876)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1380)
Poesias (141110)
Redação (3343)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2440)
Textos Jurídicos (1965)
Textos Religiosos/Sermões (6308)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->A MORTE DE LUCÍOLA -- 27/09/2007 - 12:22 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A MORTE DE LUCÍOLA











Eis que deita o corpo nu nas escadas de mármore.

Espaços brancos cobrem a cabeça, igualmente branca.

Não que a vida lhe tem sido árdua demais, sofrida demais,

apenas viveu muitas dores, de muitos amores.



Acima, sua alma observa, serenamente, o pouco que lhe resta de vida.

Uns poucos sussurros podem ser percebidos.

Lúcida, Lucíola declama uma hosana proibida.

Este será seu posfácio, postergado por tantos outros ditos.



Passou os dias (do passado) escrevendo poesias,

aos amantes da Lua, aos escravos da noite, às ninfas insones...

a todos quantos violaram os sagrados cânones

da retidão (e da hipocrisia).



Nos espaços negros da mesma escada e do mesmo mármore

aventura-se uma linha vermelha terminal.

Perfilam-se rios e afluentes da vida que se vai, que se esvai

neste líquido precioso, precursor do anúncio final.



Sim, gritam os profetas: Lucíola morreu!

E o amor? Alguém, com um fio de esperança, perguntou à multidão.

E a turba, no silêncio responsorial,

sepultou, ad infinitum,esta triste ilusão.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui