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 | Poesias-->CILADA -- 14/02/2001 - 21:51 (Marta Rolim)  | 
	
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Abriram-se os livros.; 
  Assentou-se por escrito:
  Nenhum mistério ficará
  velado para sempre. Hoje
  te mostro um segredo, sem
  piedade. Acaso o felino
  tem compaixão de sua presa?
 
 
 
 
  Cais-te numa cilada!
  Com surpresa? Te prepara,
  pois uma luz brilhará e toda
  luz tem seu preço.; 
 
 
 
 
  Quando nasceste, morreste!
  Acaso esqueceste do rompi-
  mento das águas, do insuflar
  agoniante de teus tenros pulmões?
  Acaso não lembras do mundo
  morno e aquático do qual
  foste expulso? Com que inevi-
  tável dor gritaste!
 
 
 
 
  Quando nasceste, morreste!
  Acaso não observaste a
  brutal mudança da borboleta?
  Acaso não morreu a larva no
  seu nascimento?
 
 
 
 
  Quando nasceste, morreste!
  Acaso não viste os girinos,
  em mutação constante? Trans-
  figurando as formas obsoletas?
 
 
 
 
  Quando nasceste, morreste!
  Mas agora é dada a hora
  de te revelar o segredo:
  Morreste! Quando morreste, nasceste!
 
 
 
 
  Por Marta Rolim  |  
 
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