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Poesias-->LIBERDADE TARDIA -- 19/10/2007 - 21:36 (Rosimeire Leal da Motta) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma janela fechada.

A luz do sol invade a sala através do vidro.

Era uma abertura na parede com arco agudo,

Dividida em duas partes por uma coluna central.

Janela com dois batentes.

A parte incorpórea de mim, ajoelhada no degrau,

Visualizando o mundo lá fora,

Olhava insistentemente a vida.

A janela do meu corpo,

Prisão da alma,

Apoiada na coluna central,

Iluminada pelos raios do sol,

Não podia sair.

Estava presa em regime aberto.

Passava o dia inteiro, ali na janela,

era a única comunicação com o mundo,

não havia outras salas que recebiam luz,

apenas porões escuros e com teias de aranha.

Minha alma empoeirada e abandonada,

Não se afastava da janela.

Uma pedra vinda do lado de fora,

despedaçou a vidraça,

partindo-a em pedacinhos.

A pedra e os fragmentos da vidraça

atingiram minha alma que estava encostada na janela.

O vento rompeu a trava e a janela se abriu.

Mas, a alma ferida,

não teve tempo de aproveitar a liberdade.

Não morreu, porque já estava morta.

Seu corpo etéreo se desmaterializou no ar.

A janela eram os olhos.

O corpo sem alma tombou no chão.



© Rosimeire Leal da Motta.





OBS.: Esta poesia faz parte do livro:

"Voz da Alma" – Autora: Rosimeire Leal da Motta

Editora CBJE - RJ - Novembro/ 2005 - Poesia e Prosa.





Página Pessoal: http://br.geocities.com/rosimeire_lm/





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