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| Poesias-->Pedacinhos de mim -- 21/10/2007 - 12:58 (Lara Cardoso) |
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1)
De mim, ninguem sabe,
de você, tenho apenas o nome,
quando eu estou
é você quem some,
suas pistas eu sigo
e, a porta não abre...
chorar sua ausência é o que restou...
2)
Os teus olhos de azul-mar
escondem de mim as garras afiadas
dissimulam as almofadas desfiadas
mas és símbolo de uma grande amizade
mesmo que ainda mantenhas a tua ferocidade
é meu colo quem te acalenta,
à cada dia meu amor mais aumenta...
3)
Você, que agora lê esta noticia
e, minha mão trêmula, datilografa
nunca soube de meu sentimento
naquele dia,
quando joguei ao mar
a minha esperança,
enviada na mensagem da garrafa
e só recebi a brisa fria,
unica resposta vinda com o vento,
que jamais tirei da lembrança...
4)
Mais um dos nós que não desato...
talvez um desacato
e a vida segue entrelaçada,
com nós e laços,
parecendo fita amassada,
somos nós e sós
nesta vida tão conturbada!
5)
Tudo é possível com um olhar...
É quando o amor acontece
ou a briga fenece;
Então, as palavras se calam
e os pares acasalam;
É a felicidade que está no ar
e,por onde se começa a amar!
6)
O tempo correu veloz
e não nos deixou perceber
que, neste futuro tão incerto,
o encanto, que era certo,
jamais deixou de ser...
talvez, o que ainda nos faz viver
e, perdura até hoje em nós...
7)
Corro de cá, e de lá pra cá...
vou em busca de meu EU
que de mim se perdeu,
nem eu sei onde está,
mas, continuo a procurar
e, onde quer que eu vá,
plano alto em meu poetar.
8)
À minha volta tanta gente
e eu deixando a vida passar por mim
ou, eu é quem passo por ela
e o mundo inteiro desconhece...
Sou apenas esta ou aquela
que um dia chegará ao fim
como a chama de uma simples vela...
9)
Apenas um esgar
brilha em meu semblante,
nem se parece com um sorriso...
e agora, o meu pouco siso,
é só a sombra do meu riso
que fica a iluminar
a alegria agonizante...
10)
como feras quase enjauladas
buscam na liberdade, a paz
mas dela mais se afastam...
são vidas acabadas
que se amparam nos riscos e desgraças
enfrentam de peito aberto a saraivada
e a recompensa é o "aqui jaz"
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