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Poesias-->aos des-construtivistas -- 04/11/2007 - 18:55 (maria da graça ferraz) |
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Aos des-construtivistas
Porque a asperidade
da alma é muita!
Nada tange. Nada atinge.
Nada evoca. Nada modifica.
É tanta a secura
destes versos duros!
Dói a palavra
Tortura-se o verbo
E eles são,
vaziozamente, vazios,
como nem o que imagino
vazio conseguiria ser
Porque o meu vazio
não tem fundo
nem precisa de escada
Mas o vazio deles
construiu uma morada
E eles desfilam
com pompa, arrogância,
suas abundâncias nulas!
E por onde, suas palavras
passam, as coisas não as escutam
São ovacionados pelo silêncio
que imprega a tribuna
de tudo que é morto
E eles regozijam-se
uns aos outros
Sentem-se triunfantes,
com sua prosápia,
sua palavrada,
suas pedras que atiram
por todos os lados
Eles possuem ÓDIO
Eles possuem MUITO ódio
E eu?
Eu sou apenas uma poeta
"uma coisinha"
Como poderá meu pássaro azul,
cansado, mas bonito,
vencer a palavra anomia?
Eu sou apenas uma poeta
" um piniquinho"
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