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Poesias-->Visão do Porto -- 09/11/2007 - 01:26 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Visão do Porto
Uma brisa molhada de sal
sacode esta pele que levo.
Dizendo ao meu corpo
que é dela,
parece tirar
um antigo sossego.
Guinchos como dedos
gigantes e escuros
alinham-se altos e miram
descendo a agarrar umas caixas:
não parece que alguém os dirija
e sós fazem danças lá em cima.
Enormes navios parados
impõem meu espanto de cria.
Solenes e firmes me olham
fazendo-me ver a estatura.
Não viajo em seus corpos de aço
e temo-lhes canto e agrura...
Um mar de resíduos e óleo,
sem peixes- eu creio- e sem vozes
que cantem suas ondas e espuma.
E as manchas na água se esfumam
ficando de novo nos botes:
ao lado dos grandes navios : filhotes!
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