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Poesias-->Sentinela de mim -- 11/11/2007 - 00:01 (António Torre da Guia)
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SENTINELA DE MIM
Por mero acaso não nasci na selva,
mas se nascesse, porventura símio,
preferiria o ser de chimpanzé, quase gorila,
esse tipo hábil de braços que como eu
se põe de gatas, de pé e estende na relva.
Nasci de pernas para o ar, surgi na terra,
«no meio desta gente, toda nascida ontem
ou quando muito agora», gente imersa
entre a turba dos milénios em vão,
ditas pessoas que sequer valem um cão...
Ó se o mundo fosse cão, cão pastor,
cão de guarda ou rafeiro abandonado,
semeador de piedades e de remorsos,
buscando pedaços de pão e ossos
nos sacos que vomitam o lixo dos deuses...
Passei por eles todos e ó que sorte,
experimentei-lhes os enlevos do amor,
frustei-lhes as iras, os ódios de morte,
reagi-lhes para me culparem, condenarem
e expiar a culpa fabricada pelos doutos...
Que sorte?... Sequer sei se a tive ou não
porque estou-me nas tintas para os que são
sem ser, molestos, predadores do próprio ser,
imbecis que se entretratam por palhaços
neste circo onde choro e rio para sobreviver...
Um dia destes, se a noite não cair antes,
mais uma vez tentarão cristolizar-me;
as víboras poderão lá conter-se
defronte ao pavor-esplendor da áspide
que lhes transcende o servil rastejo inepto?...
Ouço o que dizem, vejo o que fazem,
peso-lhes o procedimento em lúcido juízo,
soçobrado pelas ambições da nédia pança
incessante até à extrema excreção
que a terra come ou o fogo devora...
Gente, muita gente, árida legião da caridade,
engrenagem que produz carentes como cinza,
gente muito lavada, pervertida auto-absolvida,
que observo nesta minha pose inventada
enquanto aguardo o infinito nada, nada e nada!
Porto, 11 de Novembro de 2007
António Torre da Guia
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