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Poesias-->LÍQUIDO -- 19/11/2007 - 23:22 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Deito e, cansado, adormeço

no permeio de tuas coxas,

abrigo cínico de há-pouco.

Sinto, ainda, teu gosto crio

aos poucos cedendo espaço

àquele que, sedento, te beijava e beija.

Engulo, no sonho presente,

tua acidez remanescente e fértil,

agora, tempero natural deste meu hálito de todo imoral.

Pois amanhã, logo cedo,

deverei acordar neste mesmo berço,

em cujo vão, sugo teu líquido mais sincero.
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