LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->ÊXTASE -- 04/03/2000 - 08:43 (Maria Angela C.Marques Pereira) |
|
|
| |
Êxtase
(Ao Braguinha)
São quatro horas da tarde,
Vou caminhando só,
O olhar em busca de algo
Que de tão fundo na alma
Não sabe o que é
Mas talvez , companhia
Transito entre casas pobres
Pessoas , muitas , estão lá
dentro, longe ...
Só vestígios, vozes, sons
Não vejo ninguém
apenas o sol forte ,
o marasmo da tarde quente,
a solidão
que parece marcar exatamente
os meus 7 anos
que me fazem vagar
em busca de algo ou de alguém
naquela meia tarde
Ao dobrar a pequena esquina
Numa casa ao final do bloco
ouço , banhando o ar :
“Laura, que é da rosa dos cabelos ...?
Laura, que é do vale sempre em flor ? ...”
Algo se modifica :
embora meu corpo continue a vagar ,
arrastando-se quente e só
Algo , em mim, voa
solta-se, espalha-se
Já não sinto nada
Não há nada
Nem mesmo sete anos
de solidão
Nada mais sei
de dor ou tristeza
Apenas algo em mim
desamarra-se
Sonha e dança
bem à minha frente ,
no ar, como ondas,
às notas da melodia ...
“ oh ..., Laura... que é do seu sorriso?
Laura... que do nosso amor?"
( Maria A - outubro/1999)
* “Laura” faz parte da imprescindível obra musical de Braguinha
|
|