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Poesias-->SOMBRA -- 24/12/2007 - 09:28 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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Livro branco, areia branca.
Um nome de poesia.
Várias pessoas lendo quem a lia
E eu, parado em meus movimentos incertos,
Querendo fazer-te minha.
Vozes diziam tudo o que há de desimportante.
Pessoas ainda crianças se afogavam sem motivo algum.
E eu, náufrago da saudade não vivida,
Querendo descansar no teu porta-retratos.
Um gole na bebida gelada, é claro que faz bem.
Por mais que queira embriagar-me, tu já o fizeste...
Ontem, antes de ontem, antes mesmo que soubéssemos
Já éramos um-do-outro reféns.
Mas na praia, à vista de todos e de tudo
Fiquei cego, surdo, fiquei mudo.
Olhei em volta e não a vi -
A cegueira era real, e minha sombra, a perdi.
Intrépido, lembrei-me alado e fiz vôo.
Lá de cima, ao lado de Ícaro, reencarnado,
Sorri. Eis que lá embaixo, entre luzes caleidoscópicas,
Eu a vi, novamente a vi.
Oh, negra sombra iluminada,
Não deves mais brincar comigo..
Ou permaneces ao meu lado
Ou te recolhas ao infinito.
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