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Poesias-->RESTOS -- 31/12/2007 - 18:33 (Antonio Albino Pereira) |
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O cigarro na boca;
A feia fumaça
Queima a esperança,
Torra os sonhos.
O vinho, a cerveja,
A caninha de engenho.
Batatas fritas, filé...
E mais um pouco de sonho.
Fumo o cigarro...
Sorvo a bebida..
Me lembro de ti...
Me esqueço da vida.
II
O tempo se foi,
A fumaça passou,
Foi com o vento,
Nem a brisa ficou.
A saudade é eterna
E o sonho ainda vive.
A bebida ajuda
A suportar o declive.
A descida de não ver você,
Mesmo assim sonhar
Em te ver...
Te abraçar...
Sorvo a bebida,
Me lembro da vida,
Dos restos de sonhos...
Me lembro de ti...
III
Fumaça voltou,
Não pude fugir.
Os sonhos sumiram,
Restou a lembrança.
Amarga lembrança
Do resto de tudo,
De todo o complexo
que é te querer.
Mais um trago...
bebo...
Outro cigarro...
Me lembro de ti...
Esqueço de mim.
IV
Esqueço do resto
Que sobra de ti
Da amarga lembrança
que deixaste aqui...
Quando acendo o cigarro
Me queimo por dentro
Meu peito que arde
Só me traz sofrimento.
É a vida, me dizem,
Mas não quero saber,
Se isto é a vida
Eu não quero viver.
Mas morrer por você?
De que valerá?
Se nem me ama direito
Se nem aqui está?
E continuo fumando,
Tragando, sorvendo...
Vivendo de restos,
Aos poucos esvaindo...
Um dia, talvez, quem sabe
Voltarei a viver...
A amar já não sei
Pois pus tudo a perder.
Me perdi nos sonhos
Na fumaça sem cor...
A busca é tardia
Já não há mais amor.
Então bebo...
E fumo...
E sigo levando...
E morrendo...
Saudades de ti...
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