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Poesias-->PELO COPO -- 11/01/2008 - 14:54 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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O copo era de vidro
Barato.
Pelo copo, de vidro barato,
Via-se o corpo, no chão, deitado.
Morreu, faz pouco.
Talvez ainda nem o saiba
E passará muito sem saber
Foi morto às pressas, sem aviso prévio, sem chances de se defender.
Perguntaram o nome
No bar ninguém sabia
Mas mostrarem grande intimidade
Com o que restou de sua vida.
Uns diziam: são dois tiros.
Um de longe, outro à queima-roupa.
O primeiro foi que matou
O outro, excesso de zelo matador.
Uma mulher achou-lhe bonito
Disse que o sangue era bom, forte
e vermelho demais
Para alguém que tivesse morrido.
Para mim, atrapalhou-me a noite
A cozinha fechou, a polícia, como sempre,
Demorou.
Na manhã seguinte, reconheci o cadáver
preto-e-branco no jornal.
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