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Poesias-->INSTANTES -- 08/02/2008 - 00:27 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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INSTANTES
Fico na beira do rio
a atirar umas pedras.
O sol desenha seus dedos
nas águas calmas
e sinto esta falta
-guardada-
ficar enorme.
Talvez eu percorra os instantes
com receio do meu exagero.
Porque sou como equilibrista
que na corda bamba
resolve olhar o chão...
e então pergunta-se :
tens certeza ?
E a resposta é sempre não.
Porque a certeza é um tronco morto
e o equilíbrio
depende da dúvida.
E o coração do outro
é sempre (sempre!)
um templo desconhecido.
Por isso –
porque no fundo acredito
que um dia
me deixastes visitar lá dentro;
é que continuo com meu jeito de malabarista
arriscando te encontrar
nas alturas...
(a ele) |
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