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Poesias-->DÍPTICOS -- 23/02/2008 - 21:57 (ANTONIO MIRANDA) |
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DÍPTICOS
Poema do Barão de Pindaré Júnior*
I
saiba que nada sei,
sei que nada sabes
tem mesmo de tudo para
quem não é surdo e mudo
quando ele disser adeus
estará mais perto de deus?
quase tudo é, apenas,
pouco mais do que nada
e agora, José, como acabou
se, em verdade, nem começou?
II
ave maria, cheia de graça,
avestruz cheio de pena
do jeito que as coisas vão
é provável que nem voltem
as aves que aqui gorjeiam
já) não gorjeiam como lá
o rio que passou por aqui
pode ser que chova amanhã
a estrada leva ao fim-do-mundo;
o fim-do-mundo de lá é aqui
III
aquela nuvem parece indiferente
mas, de repente, ela chora
o amor que jurou ser eterno,
em verdade, anunciava o inferno
hoje, quem diria, era ontem;
e ontem já foi amanhã
resumindo:
a literatura dele era tão avançada
que nem mesmo ele alcançava
finalizando:
tudo, nada, amanhã, adeus, pena
— apenas palavras recicladas
29.02.08
*pseudônimo de Antonio Miranda para cantigas de escárnio e maldizer e otras cositas más...
Todos os poemas do Barão podem ser acessado em
http://www.antoniomiranda.com.br/poemas_barao/brao_poemas.html
Poemas de Antonio Miranda estão em
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_ilustrada/poesia_ilustrada.html
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