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| Poesias-->DESCALÇO -- 01/03/2008 - 22:52 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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De súbito, uma corrente forte
de ar quente e úmido
percorreu minha
espinha, nunca antes vergada.
Subi os andares inferiores
com os pés alheios
e, despudoradamente, mal calçados.
Onde coloquei meus chinelos de ouro?
Atrás do espelho, fotos de antepassados,
mas nada dos meus sapatos...
Enfim, sem chinelos, sem sapatos,
alquebrado nesta manhã intrusa,
chego ao último degrau e vejo
uma pobre janela aberta.
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