LEMINSKIANOS
Larí Franceschetto*
Ao poeta Paulo Leminski
Enquanto teu corpo mergulhava becos
A pa(lavra) te pintou estrelas
Deixando-te aceso
Depois de obesa noite de venenos.
Enquanto o dia andava
O mesmo dia te salvou
Morrendo.
Curitiba – aguardente, água rasa –
Deixou no ar um porquê
De tanta sede
Afogada.
Os cães latem mais de madrugada,
Os poetas sangram a qualquer hora.
(*) Poeta gaúcho, de Veranópolis-RS. Premiado a nível nacional.
|