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 | Poesias-->O ESPELHO -- 16/03/2008 - 15:54 (HENRIQUE CESAR PINHEIRO) |  |  |  |  |  |
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 Ontem, eu encontrei amigos de outrora.
 
 Amigos, que há muito não via. Rugas...
 
 Comigo mesmo pensei: foi-se a aurora.
 
 O espelho mente e não noto.  Me estuga
 
 
 
 A pensar que eu também não as tenho.
 
 Que mentira nos prega o espelho. Ora,
 
 Vemo-nos todos os dias... Mas o cenho?
 
 Muda e não se nota.  O tempo nos devora.
 
 
 
 Eis o  nosso mimetismo, na fuga
 
 De nossos medos, que nos apavora.
 
 Mas o tempo a passo de tartaruga
 
 
 
 Consome-nos... Não somos imortal.
 
 Caminhamos inexoravelmente
 
 Para velhice. Prelúdio final.
 
 
 
 HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO
 
 MARÇO/2008
 
 
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