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Poesias-->Canção da Madrugada -- 20/04/2008 - 06:41 (Giulia Dummont) |
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Quando tardias horas desfilam
é tranqüilo o meditar:
é quando estrelas cintilam
nas ondas mansas do mar.
É quando a lua majestosa
vestida de brincos e colar
como uma moça vaidosa
no mar-espelho vai se mirar.
É quando as ondas, aos pares,
se espreguiçam na areia da praia
espalhando seus muito colares
para adornar a sapucaia.
Horas de apenas rumores
longos, vagos, em harmonia:
é a canção dos pescadores
pedindo fartura no novo dia.
É quando ao murmúrio da prece
o espírito enfim descansa
e o coração, quieto, adormece
abrigado sob a esperança.
O pensamento então liberto
voa alto com a fantasia
e sonha célere, aberto
nas asas da nostalgia.
É quanto o poeta desperta:
percebe os beijos da luz
pela sua janela entreaberta
da madrugada que o seduz.
Sentindo os mistérios da cor
e as carícias noturnas do som
seus versos vem entrepor:
é a sublimação de seu dom!
Giulia Dummont |
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