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| Poesias-->1ª PESSOA -- 01/05/2008 - 20:55 (Maria do Carmo Bergamasco) |
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ANDANTE QUE SOU, SIGO A BEIRA
DE UM RIO, QUE DENOMINO DE VIDA.
EXTASIADA PERANTE TAL BELEZA,
DEIXO-ME LEVAR POR TUA CORRENTEZA
QUE ME CAUSA MEDO!
FAZ-ME ENTRAR EM PÂNICO, PODENDO
O MESMO ME LEVAR PARA UM MAR DE ALEGRIAS
OU DE TRISTEZAS.
SIGO...
NÃO SABENDO QUAL O CORRETO,
VOU PELO INCERTO.
PROCURO ATALHOS...EM VÃO!
OLHO PARA MIM MESMA,
PERCEBO QUE DESFAÇO-ME NOS
ENTRETANTO DA VIDA
FAZENDO-ME DE ONIPOTENTE,
QUANDO NA VERDADE MINHA
INABILIDADE À VIDA É TRANSPARENTE.
VEJO-ME INSATISFEITA DE FEIÇÃO
DESFEITA EM AMARGURA.
SOU UM MERO VERSEJADOR EGOÍSTA
QUE VERSEJA DE SUA PRÓPRIA VIDA.
SEM SABER AO CERTO DE ONDE
VEM TODA AFLIÇÃO OU PARA ONDE
VAI TANTA EMOÇÃO, AFINAL SÂO TANTAS
PERGUNTAS SEM RESPOSTAS QUE ACABO POR
NÃO ME ENCONTRAR EM CANTO ALGUM.
NEM SEI SE SOU SONHO...
ILUSÃO OU APENAS 171.
SÓ TRAGO COMIGO A CERTEZA DE
NÃO MAIS PODER SUPORTAR ESTA TENSÃO
INFINITA, QUE SE ALOJA EM MEU PEITO,
UNIDA COM A DOR DE TER QUE SORRIR,
ESTANDO COM VONTADE DE CHORAR.
PENSO...REPENSO...
E ASSIM ME ACABO POR DENTRO,
POIS NUM MOMENTO SOU ALEGRIA,
EM OUTRO JÁ ME VEJO TRANSFORMADA
EM PLENA AGONIA, DESFAZENDO-ME
EM RETALHOS DE MOMENTOS.
E VOU...
SABENDO QUE NESTA CORRENTEZA,
SÓ MINHA CONSCIÊNCIA ME SERVE DE GUIA.
SIGO EM MEU ANDEJAR LEVANDO BAGAGENS
CARREGADAS DE RECORDAÇÕES,
POIS QUEM ME VÊ, NÃO IMAGINA,
POR ONDE JÁ CAMINHEI, QUANTAS
BRAÇADAS JÁ DEI PARA NÃO ME VER
NAUFRAGAR NAS INUNDAÇÕES DE
INCOERÊNCIAS QUE JÁ SE DERAM EM
MINHA VIDA.
AS MESMAS QUE POR TANTAS VEZES
LEVAM QUALQUER UM DE VOCÊS AO FUNDO
DO POÇO OU DE SI MESMO.
E COMO PODEM OBSERVAR
VOU INDO...
SEGUINDO NESTE RUMO INCERTO SEM SABER
AO CERTO SE SOU REFLEXO DE UM SOFRIMENTO,
OU APENAS RESUMO DA SOLIDÃO.
NUM INSTANTE, OLHO PARA TRÁS E VEJO
TUDO SENDO TRANSFORMADO EM MERAS RECORDAÇÕES,
MUITAS DAS QUAIS, TALVEZ NUNCA MAIS SERÃO
LEMBRADAS. E ASSIM EU VOU...
COM MEUS SONHOS E MINHAS ILUSÕES E ATÉ
DECEPÇÕES, SEGUINDO ÀS INJUNÇÕES DE UM
DESTINO QUE ACREDITO EXISTIR, QUE ME
LEVARA A SER ALGUM DIA, APENAS LEMBRANÇAS...
MERAS RECORDAÇÕES NO PERCURSO DA
CORRENTEZA DA VIDA DE ALGUÉM!
Fattoconsumado
Março/1999
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