Usina de Letras
Usina de Letras
205 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62407 )

Cartas ( 21335)

Contos (13272)

Cordel (10452)

Cronicas (22546)

Discursos (3240)

Ensaios - (10448)

Erótico (13578)

Frases (50801)

Humor (20074)

Infantil (5487)

Infanto Juvenil (4810)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1377)

Poesias (140871)

Redação (3319)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2437)

Textos Jurídicos (1962)

Textos Religiosos/Sermões (6235)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Desenho Urbano -- 03/05/2008 - 22:53 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DESENHO URBANO



PRAÇA II



Gritam as crianças e esperneiam

e a mãe tenta mostrar autoridade.

Espantam-se as gaivotas pela praça

sumindo com seus corpos como flechas...



No meio toca o sino de uma igreja

e o vento vem brincar com quem o deixa:

as folhas complacentes fazem roda

e a mãe já sem paciência, senta e chora!





CHUVA



Bailando como saias de estreantes

sombrinhas fazem vultos como bolhas.

Mulheres e senhores vão correndo

e um homem descompassa do cenário.



Carrega um pão molhado baixo a água

num passo cambaleante e atordoado.

E senta, como deus hipnotizado.

E come : seu manjar -por fim achado!





CÃO



Não tens provável nome nem bocado

nem noites enroscado aos pés do dono.

Chutado segues rumo sem contorno

mas voltas como alguém que perde o sono.

Quem sabe? Sintas cheiro muito antes

de alguém que por teus olhos se apaixone!



SENHORA



É forte e usa lenço no pescoço.

À porta ela sacode alguma coisa

e atira seu olhar entre os que passam.

Suspeita de uma turma que atravessa

achando que este mundo está acabado...

Os moços dão risada e se sacodem

com ares despenteados e sem dores.

E a dona, carregando seu tapete

de medo em recuada fecha a porta.

Espia : com seu monstro, que a consome!



TRENS



Passam;

carregando os assobios das idades

nesses trilhos que envelhecem

e se esvaem.

Acho que transportam as infâncias

junto às decepções e os amores.

Tem o sobrenome das cidades

e almas penduradas com temores...



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 3Exibido 467 vezesFale com o autor