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Poesias-->Asas -- 10/05/2008 - 11:23 (Hideraldo Montenegro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Asas





A chave do silêncio

encoberta

a alma posta

o sol nascente

na cabeça

as mãos abertas

livres

os pés soltos

sem chão

sem peso

o sangue correndo

por todo o corpo

turva a mente

a palavra fracionando

o silêncio

o mapa

a asa pronta

a ponta da língua

no ponto

a lua do outro

lado

a noite

morcegos e medos

vivência diária

dos olhos

o pouso do solo

a fertilização da fala

o homem dividido

Babel

o ser invisível

a poesia livre

presa num poema

num papel

a face

a mesma

sempre

olhos acessos

sem ver

à frente

a consciência

embriagada

pela forma

norma e norma

marcha soldado

cabeça de papel

se não marchar

direito

esquerda

volver

a criança

pronta

embalada

para viver

regras

dadas

mostram os dentes

fala lenta

de aprendizado

toda cultura é imposta

um homem

forjado

até os dentes

pente no cabelo

disfarces e disfarces

faces ocultas

cultos

curtos pensamentos

viver é alongar

a hora

da morte

certa

suiçamente

o riso

preso

não mostra

os dentes

sexo e sexo

fecundação do ego

o vôo permanece

pronto

potencialmente

inerte

impedimento dos pés

presos nos mapas

nas fronteiras

nos quartéis

o anjo não aparece

para quem não acredita

não

existe vida

além desta praia

sempre assim

para quem tem os pés

no chão:

o céu

apenas estar na cabeça

o céu está na cabeça

na cabeça o céu

é sempre estar

o céu aberto

a toda crença

o céu rompendo

limites

o inferno é o limite

do homem

os ossos

fincam a mente

no chão.



Liberdade

é uma desconstrução



http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/pernambuco/hideraldo_montenegro.html
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