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Poesias-->OÁSIS -- 19/05/2008 - 13:19 (Rudolph de Almeida) |
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OÁSIS
Tua árvore não dá frutos
A este miserável errante
Majestosa imperas sozinha
Sobre o mar de dunas
Do deserto que percorro a esmo.
Oásis de uma planta só
Deparei-me contigo enquanto
Pelo nada procurava
Para dar sentido à viagem
Nestas areias áridas.
Desde então espero
Dar-me teus frutos
Eu sedento
De teus sumos úmidos.
Famélico
Por tuas carnes tenras e doces
Mal consigo provar da tua sombra
Consolo de um homem triste.
Das tuas raízes virei parasita
Que não extrai nada
E ainda dou-te água
De cada minha lágrima.
Eis tu, bela e vicejante
Dominando a amplitude do horizonte
A tua frente eu prostrado
Apenas um arbusto seco
Pelo sol chamejante calcinado
Desprezado pelos teus galhos frescos.
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