LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->PORQUE É QUE EU FAÇO POESIA DIFERENTE? -- 23/05/2008 - 12:49 (ASCHELMINTO da SILVA) |
|
|
| |
Vendo o que me rodeia,
Quem me ama e quem me odeia,
Sinto que sou diferente.
É que não sou dessa gente,
Que tem u’as flores na língua,
Pois minha palavra míngua
Quando vou falar da flor.
É claro que sinto amor,
Pela morena safada
E sua saia assanhada
Que só quer se arribar.
Mas na hora de poetar,
De soltar o que me grita,
Feito batatinha frita,
Eu fervo no caldeirão,
Solto cada palavrão,
Lasco a língua portuguesa,
Saio virando mesa,
Parecendo cão danado.
Sou um cabra arretado,
Não brinque assim comigo,
Pois vou te dar um castigo,
U’a sova de deixar mole
No chão, que tu nem se bole.
É surra de verso e reverso,
Pois que não sou tão perverso
De vir lhe triscar a mão.
Pois preste muita atenção:
Minha poesia miúda,
Tem quem me diz "vê se muda!",
Pra não assustar as "sinhá",
Mas elas que vão se lenhá!
Verdade tem que ser dita,
Por minha boca maldita,
Então, deixa minha rima,
Quem quiser, passe por cima,
Que eu quero é falar de tudo,
Pois quem não fala é mudo
Ou teme ofender os "hôme".
Quem teme cagar, não come!
|
|