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Poesias-->VIDA -- 28/06/2008 - 10:42 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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VIDA
Posso existir por metades
arrastando as partes vivas
e deixar como em parêntese
tuas vozes mal lembradas.
Acender lareiras tristes;
acenar desde a sacada.
Recolher alguns temores
e guardar meu eu- de amores.
Eu prefiro a água em onda
que estraçalha suas palmadas
e ameaça as tolas pedras
que se fixam nas beiradas.
Porque a vida é bela e passa
com seus lírios e cascatas
e nascer é dar de cara
com suas partes desastradas.
Atirar a alma à vida
Como um canto sem retorno
- como ouro que se espalha;
como amor que não se paga!
É possível quase tudo
sem querer sequer guardar-se.
Como pássaro que acorda
de uma bala – sem ressalva!
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