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| Poesias-->Pele -- 19/07/2008 - 12:03 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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PELE
Sensores estabelecidos
meus
e teus
como abismos de poros
buracos
e poços.
Crateras de espera
atiçadas
de tempo
e sonoras lembranças
que mordem
e doem.
Nossas peles
pensam-se
do avesso.
Abraçam-se
separadas
sem poder
se encontrar
nem deter.
Colam-se
quando juntas
e escravizam-nos
sem piedade
e eu digo...
ainda bem!-.
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