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Poesias-->Lágrimas de chuva -- 23/07/2008 - 19:54 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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Lágrimas de chuva.
Suba aos céus de ontem,
E que teu grito de amor e ódio
Sufoque toda dor e toda glória.
Tu que, de tão igual a mim, se distancias
do pecado nunca esquecido
volte ao teu redentor espaço nu
e adormeça....
Esqueça teu nome impróprio
Esqueça os endereços de teus esconderijos,
esqueça tuas idades mal dormidas,
esqueça os caminhos tortuosas desta vila
de uma única avenida chamada morte.
Esqueça o magnífico poço de Neruda
Esqueça a promessa de jasmins orvalhados
e amotine-se,
revolte-se,
insurja-se contra si mesma, profana!
E suba o mais alto que puderes ir.
Quando lá em cima chegares
sozinha, como sempre estivestes,
salte. De preferência com braços abertos,
com os olhos curiosos, com o peito em soluços...
salte, lance no espaço rápido as lágrimas de chuva
e sorria, quando centenas de tolos olharem teu corpo azul
brincando de Deus, ao Sol do meio-dia. |
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