
*O Chamado*
Ouço o murmúrio, da palavra o sabor
Num longínquo dedilhar do teclado
Viaja o pensamento em vôo acatador
Espelho que reflete sonho atordoado
Nas barreiras do eco, voz em sinfonia
As noites são lampejos disfarçados
Em cada despertar que o dia inicia
Um tudo, um nada, restos destroçados
O amor indaga ao coração sombrio
Que fazes com as incertas da vida?
Sem a chama que a noite aquece o frio
Como sonâmbula trafega desprovida!
Sou réu das saudades e tormentas
Filha distinta do amor contraparenta
Sogueira |