LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Solidão a Dois -- 22/08/2008 - 00:55 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
|
|
| |
SOLIDÃO a DOIS
Piso no carpete
suave e levitando.
Não posso acordar-te
nem quero chamar-te.
Tu voltaste triste
longe, como em Marte...
Eu não tenho chave
desse teu recinto
(esse em que te guardas
quase sem senti-lo).
Ando pela casa,
cheiro tua passagem,
luto com meu choro
e digo que faz parte...
Vejo na parede
prova de outros tempos:
não te reconheço
(tu não tinhas Marte!)
Nós ainda antigos
dois, que nada sabem...
Dois que somam tudo,
penso: já fez parte!
Hoje tenho escudo.
Tu- refúgio em Marte.
Creio que guardaste
todas as miradas.
Creio que ensacaste
todos os milagres.
Eu? Relevo em artes.
Faço brincadeiras
no final, faz parte...
Já não somos dois
(somos uns à parte).
Quase que eu te acordo
só para deixar – te.
Já pensou? Chamar-te
só porque faz parte?
Sei que quando acordas
viajas para Marte...
O que tanto evitas
dói – e não faz parte...
Desta forma, amor
(se é que ainda faz parte)
solidão a dois
nada tem de arte...
Vou sair sem beijo
-nada de estandarte-.
Silenciosamente;
no meio da noite.
Mudo para a lua
só- porque faz parte!
|
|