LEGENDAS |
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Poesias-->Solidão -- 11/03/2000 - 16:00 (Ana Maria de Jesus Stoppa) |
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Movo o céu,
Reviro a terra.
No ar perdido ,
O pó sou eu.
Nascida só, sem juventude,
Limpando o vento,
Soprando em vão.
Flutuando qual folha perdida,
Farfalhando, quebrando o silêncio,
Pedindo abrigo ao ser que passa,
Mendigando orvalho à flor.
Solo quebrado, castigado pelo estio,
Cerca sozinha no cerradão.
Não há pássaro azul que cante,
Nem há brisa que ameniza
O arrastar do tudo que é nada,
Agonizante sem ter um fim. (1986)
(Do livro não publicado - Cacos de Mim) |
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