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 | Poesias-->SENSAÇÕES POÉTICAS -- 11/09/2008 - 15:43 (João Ferreira)  | 
	
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  SENSAÇÕES POÉTICAS
  Jan Muá
  Brasília, Parque Olhos de Água
  11 de setembro de 2008
 
 
 
 
  A poesia também pode ser a escrita 
  Da busca de sensações
  Pode ser a experiência emocional
  No trânsito existencial do ego
  E do inconsciente pelo mundo!
 
 
  A Poesia pode  ser o eco testemunhal 
  Da passagem  por chãos telúricos 
  Tapetados  de folhas secas em clima
  De baixa umidade
  Pode ser a mostra  da desagradável sensação da agonia da vegetação 
  Ou a emoção da presença de forças vivas  nas nascentes ou na floração de ipês brancos e amarelos
  A poesia nasce e cresce na emoção  que testemunha
  formas novas e diferentes encontradas na natureza 
  Tanto nas torres de cupim 
  Quanto nas trilhas abertas no meio da floresta
  Ou no enverdecer e no secar, 
  Nas secretas e sinuosas trilhas serpentinadas 
  abertas na crosta da terra, 
  Na forma vitalizada dos arbustos, 
  Nos corredores silvestres desenhados por entre troncos e corpos florestais
  Na pujança da vida vegetal variada e biodiversa
  Na emoção de poder circular e olhar panoramas
  Na sensação impressionante dos fortes e seculares troncos de volumosas árvores
  E mais do que tudo 
  Na emoção do silêncio
  Contrastada em hora diferente pela sensação do longínquo troar de carros velozes que correm doidos na pista
  Poesia é a  emoção privilegiada do estar aqui
  E de presenciar este  pôr-de-sol
  É simultaneamente a  emoção visual da biodiversidade
  Misturada com outras emoções 
  Como a do movimento inocente das crianças 
  E a da corrida dos humanos lutando por sua sobrevivência
  Poesia é a emoção visualizada de uma natureza em expansão livre
  Analizada ora em curvas de triste declínio
  Ora na  sensação lírica do canto melódico e orquestral dos pássaros
  É o  misto plural de múltiplas  sensações e emoções
  Que nos leva à consciência de mundo
  Poesia é tudo isto
  É sentir e e ficar emocionado sabendo que estamos aqui
  Desta maneira
  Acompanhados e cercados
  Testemunhando uma vida que também é nossa!!! 
  E a sensação de um mundo que está aí
  E que não pode ser frio
  Pelo movimento intrínseco e riqueza íntima que ostenta em fervura e turbilhão!
 
 
  Brasília, Parque Olhos de Água
  11 de setembro de 2008
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