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Poesias-->ODE Á INTUIÇÃO -- 23/09/2008 - 13:35 (Délcio Vieira Salomon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ODE Á INTUIÇÃO

- poema em prosa –



"Aquilo que precisa ser demonstrado não vale grande coisa" (Nietzsche)







Se houver Deus

o que mais dele se aproxima

é o artista, o poeta.

Não é o cientista nem o filósofo,

justo porque, ao contrário

do filósofo ou do cientista

cultiva a intuição

e é por ela regido.

Intui o que é bom, belo e admirável

e por tais valores é conduzido.

Não precisa demonstrar

nenhum deles, nem por que

é por eles para o alto levado.

A intuição o arrebata

além do bem e do mal,

do certo e do errado,

do falso e do verdadeiro.





Se não houver Deus,

o Ser Humano - candidato a substituí-lo -

é o artista, o poeta.

Não é o filosofo nem o cientista.

Estes precisam provar;

o artista ou o poeta não.

O cientista, o filósofo não conseguem

vencer o medo,

pois tudo fazem com medo de errar.

O artista, o poeta não.

Não têm medo nem preocupação.

Apenas almejam embriagar-se com a ilusão

que a intuição lhes apresenta

para os ascender acima do duro real.



Entre o cientista ou o filósofo de um lado

e o artista ou o poeta, de outro,

o mais livre de todos

é aquele que não tem compromisso

com a verdade demonstrável.

Justo porque seu compromisso

é com a própria liberdade

de criar por criar e nada mais.



Mil vezes o "beau sauvage"

o anti-aristotélico, o anti-tomista

aquele que professa nova forma

de humanismo pós-moderno,

onde o eu que sente

vale mais do que o eu que demonstra.



Dotado de uma razão irracional,

porque não aceita o "se...então",

nem o "ergo", nem o C.Q.D.

das conclusões,

se deleita com a obra desconstruída

e inaugura a partir do nada

o novo mundo para nele, só nele

morar.



Sem medo dos inquisidores

dos dogmáticos

dos donos da Verdade

que demonstram - por a mais b -

o que é a VIDA,

mas não sabem o que é

VIVER.
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