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Poesias-->Confissão de amor -- 25/09/2008 - 09:56 (Eloi Firmino de Melo) |
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Confissão de Amor
Para Marly, a eterna namorada
Eu falo de amor,
mas em voz baixa:
balbuciando
como quem faz reza,
os lábios da surdina
em seus ouvidos
a confessar o coração
em festa.
Eu falo de amor,
mas as palavras
são o ouro escondido
no deserto
entre as areias ardentes,
causticantes,
para não ser por inveja
descoberto.
Eu falo de amor,
corando a face,
como quem se envergonha
das palavras;
por coisa antiga serem,
obsoletas,
pelos ventos do tempo
desgastadas.
Porém falo do amor
alma com alma,
dos afetos que nascem
dos abraços,
das íris que se fundem, se penetram
na paixão venturosa dos olhares.
Eu falo de amor
porque te amo
sem buscar a razão
dos teus motivos;
e quando o sol transpuser
o horizonte
a nave da saudade irá comigo.
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