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Poesias-->Tempo Vivo -- 21/10/2008 - 23:54 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


TEMPO VIVO



Passa este absurdo Tempo.



Vejo sua cauda enorme

arrastando;

mudando as esquinas da cidade

e dando aos homens

novas rugas.

Marcas de todos os tipos

que enfeitam os corpos

e as nossas vidas.



Queria uns espaços sem regras.



Sem falta de Tempo;

com menos coerência

- que ao menos deixassem

sem muito sentido

que enfim te tocassem

meus lábios vazios.



Que assim como nada

por fim permitissem

que o mundo esquecesse

das coisas que somos.

Dos tais compromissos

das nossas instâncias

das casas

das gentes

de toda a cobrança...



Queria um espaço

sem nome nem Tempo.

Somente um encontro

que tudo pudesse:

apenas com pele,

com olhos e bocas.



Teu ser distraído

sem medo ou relógio

e o meu, risco vivo

apenas contigo!



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