A Noite Madura Está Suspensa
Minha memória é um céu que não habito
Mas onde vivo em viagem permanente,
Ela é que me revela o céu descrito
Se me perco sonhando de repente.
Às vezes é como a estrela cadente;
Um rastro luminoso no infinito,
Outras vezes é como um Sol morrente
Que se reflete em mim quando medito.
Agora, ela é teu rosto me fitando,
É teu sorriso claro proclamando
Um poema que não posso conter.
Cultivo esta insônia pensativa
Para que tua imagem esteja viva
Antes que o dia venha te perder.
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