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Poesias-->Face desaprendida -- 12/01/2009 - 06:46 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Face desaprendida









Olhando-te, meus olhos te reolharam

como se à minha face não pertencessem.

Um absíntico cheiro veio-me dos teus lábios

cansados de beijar-me,

toldados de quererem-me.



Fujo nesse nem tão rude poema

povoando as palavras que me lembram

quando eu sonho com você.



Abraço-te distante de tudo agora

e os olhos choram...

é porque desaprenderam a sorrir.



Eu, o motivo da sombra deste poema,

louvo-te numa saudade infrene,

parece, adora judiar-me.



Olhando-te, estes meus olhos já não mais te veem

e assim como foi para te perder, sofro só,

na angústia dessa dor, novamente.

Minha face já não chora mais nem ri,

desaprendeu a sentir e a esquecer

e nada mais espera dos teus beijos quentes.







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