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Poesias-->SEM PONTOS A PERDER -- 16/01/2009 - 12:18 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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Não havia sequer
palavra a me dizer
Por mais que eu lhe pedisse
apenas sorria
o silencioso não
E eu
poeta peregrino
nos prodígios do “eu-menino”
ignorei
Eis que o sorriso virou poesia
alçando vôos acrobáticos
no sentido anti-horário das convenções
Depois do “não”
ela saiu... (mas queria ficar)
e naquela indecisão
mal disfarçada
encenei meu roteiro de última hora
escrevendo poesia
pedindo aplausos
querendo atrair as atenções
Mas estou sozinho neste círculo
de ângulos retos e iguais
desobedecendo os teoremas sociais
criando figuras que não existem
e o que é pior
gostando de transgredir!
Ela já foi há algum tempo
mas algo (dela) permaneceu por aqui
talvez a lembrança da beleza morena
quem sabe: os fragmentos dos lábios que negam?
Ou apenas a visão matreira e esplêndida
que dela tenho -
Eu
atrevido poeta
sem pontos a perder
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