LEGENDAS |
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Poesias-->O canário -- 16/03/2000 - 12:05 (Félix Maier) |
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Corre o moleque por deserta estrada,
Atiradeira à mão, o peito arfando,
Corre e corre nas pedras tropeçando,
No chão cai. Se levanta. Não é nada.
- O passarinho! - e o seu olhar fulgia
Em um anseio de febril desejo.
- O passarinho! - Mas, meu Deus, que vejo?
Ferido canário no chão gemia,
Numa poeira amarela de plumas,
Que se esvoaçam ao lépido vento.
Assim, meu moleque, como te arrumas?
Garoto, por que este teu sentimento?
Vivo o canário, sádico te enfunas?
Morto agora, só ouço teu lamento?
Agudos, SP, 1969. |
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