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Poesias-->Ãnsia -- 20/02/2009 - 11:28 (Lita Moniz) |
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Ânsia
O Sol está a se preparar para nos deixar.
A noite não tarda a chegar.
Seria noite escura se não fosse a Lua.
Outras luzes chegam do além a nos dizer
que são estrelas também.
O Céu onde brilham mais,quem sabe não é
prateado, ou até rubi dourado.
Habitam outras dimensões, iluminam espaços,
e quem sabe, corações.
É tanta distância que a sua luz pouco reluz.
A energia que cada uma irradia perde-se na
imensidão.
Fica a ânsia delas a nos quererem abraçar, e a
nossa a querermos mais perto delas chegar.
E quem disse que isso é impossível?
O provável no improvável.
Somos estrelas também.
O que chamamos de sopro vital contém a
essência de qualquer estrela do além.
O que muda é a proporção, a imensidão.
É uma estrela pequenina, ainda assim a brilhar.
A energia que irradia alimenta corpo, alma e espírito.
É a essência da nossa própria existência.
Quando o corpo deixar de ser.
Liberta-se, eleva-se, ela sim, bate à porta do céu ou
entra sem bater, é de casa, volta ao lugar que a viu
nascer.
As estrelas, que no caminho da elevação encontrar,
são aquelas que queria alcançar.
A brevidade da vida põe fim à ânsia.
Ultrapassa a azul distância.
Lita Moniz
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