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Poesias-->2498 -- 12/04/2009 - 20:15 (maria da graça ferraz) |
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Ali, onde o coração da gente
une-se à tudo e não há como soltar
este apaixonado maluco inconseqüente!
Ali,onde os meninos desta terra-
corpos franzinos, sorrisos que caminham,
avançam suas pipas -quais velas
de naus valentes que grandes
tesouros, em suas proas, encerram
Ali,onde o punho está fechado
o golpe é dado às costas
e o grito é sempre guardado
pela falha de dente à mostra
Ali, onde a ferocidade
é tão incompetente que se confunde
com descaso, e o ódio sai sempre errado
Ali, pela diária labuta,
nos currais da grande cidade,
bolsos das calças cheios de terra,
rostos sem primor de riscado,
as manhãs desenham galos
com chaminés de fumaça
Ali, onde a vida é selvagem,
difícil, medonha, humilhação constante,
sofrimento gigante
os meninos brincam de moinho,
pés para o ar, capoeira,
gira mundo,planta café, muda cruzeiro
Ali, onde se tu morreres,
azar teu,
porque eles nascerão outra vez
Ali, todo naco de pão que sobra,
amassa-se ao leite, vira pudim
cor de raiz- alvor-aipim- diamante
Ali, onde DEUS mata DARWIN
à cada instante
Ali, sempre perto de mim
para onde eu for e
de onde eu vim
obrigada por teres me lido
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