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Poesias-->As Sementes -- 17/05/2009 - 17:54 (Eloi Firmino de Melo) |
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AS SEMENTES
Lançadas as sementes
na seara;
vão nascer manhas,
dengos e vontades;
frutos bons de ternura
entre os amigos,
mão solidária
dentro do trabalho.
E quando o amor ardente
bate à porta,
entregam sem reserva
o corpo e a alma;
esquecem que a cautela
é um bom remédio
em prevenir equívocos
nesses casos.
Faz-se notar
nas estações recentes
essa orquestra
num tom desafinado;
ou um chicote na língua
sempre atento
para açoitar as
réguas e os compassos.
Nenhum semeador
tem por mister
a semente lançar
em campo árido;
mas protegê-la
quando acaso o joio
invade a cova
a dividir espaço.
Bem melhor é manter
de bom tamanho
a medida que rege
a cor da vida;
colher os ventos
quando sopram brando
e ver alegre
o transbordar dos silos.
Seguir de perto
o tom dessa harmonia,
deixar com zelo
a boa chama acesa;
ensaiar outras árias
dessa ópera
que desafina quando
se despreza.
E quando a voz do
tempo sacudir
o pó da estrada
na estação do estio,
muitas lembranças
serão mesas fartas
no silêncio do peito
bem servidas.
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