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| Poesias-->A própria vida -- 18/03/2001 - 09:53 (Jose Angelo Cardoso) |
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As palavras eram tão bonitas
que foram proibidas.
O ridiculo era tanto
que se tornou desprezível.
O poeta gritou
até a inspiração sumir.
E aquela criança chorou
até não aguentar mais.
Sou mulato, meu pai Salvador Angelo negro.
Minha mãe polaca, Rosa de Souza.
Todos meus irmaõs, uns mais branco outros
mais mulatos,cabelos crespos e lisos.
A esperança voou,
até desaparecer...
A flor desabrochou,
até morrer.
Os grãos de areia se uniram,
até formar uma pedra fria.
O sorriso foi tão discreto,
que niguém notou...
O adeus foi tão longo,
que foi para sempre.
O mistério era tão mistério,
que deixou de existir.
A chuva chovia
até não mais resistir,
a vontade de explicar
o que é existir.
Jose´ Angelo Cardoso.
Poeta, contista,artista
plastico.
Guaira 18 de março 2001
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