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Poesias-->CADA VOLTA DO NOVELO -- 04/07/2009 - 05:53 (GERALDO EUSTÁQUIO RIBEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Me pediram para falar da arte de Tecelar, como não tenho conhecimento algum a não ser o que li e ouvi, Lembrei-me da Catarina, moradoradora do Asilo que fica o tempo todo tecendo.



CADA VOLTA DO NOVELO



Dias a fio fiando a blusa para a neta

a meia para o neto

agulha presa em mãos que tremem

mas a vontade de tecer

faz a fiandeira viver



Catarina, com mal de Alzeimer

com o olhar aguçado, que olha há oitenta anos

chora com medo da policia

conversando com os visitantes

com agulha de tricô desenha esperança nos panos



De todas as formas e em ponto de cruz

tecendo o que quiser

reza e pede que Deus a ilumine

porque tecendo quer viver



Linhas viram colchas

das camas de quem não aprendeu a tecer

mas foi tecida com a paciência

que une cada volta do novelo

como se tecesse para uma rainha adormecer



E assim, mesmo com toda a modernidade

da tecnologia que cria cores e formas

as valorosas bordadeiras e tecelãs

mostram para as futuras gerações

que nada substitui as agulhas

que desenham o que cada uma traz nos seus corações.









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