O relatório GEO Amazonia, que está sendo divulgado em um encontro do Pnuma em Nairóbi, no Quênia, destaca que o desmatamento da Amazônia continua acontecendo em ritmo acelerado. Até 2005, a Floresta Amazônica sofreu desmatamento equivalente a 94% do território total da Venezuela.
Airam Ribeiro
Nun sei adonde nascí
Vévu a percura doncossô
Todo mundo qui pássa pur aqui
Min óia, mas num fala num sinhô!
Pelo dôci do meu oiá
Nascí do melado quente
Ô dum cruzá dum sabiá
No finzin do sór poente.
Dizi qui min viro nu fundo do mar
Amuntado num tubarão
Otros dizi qui eu tava a carmá
A fúria bravia dum vurcão.
Uns fala qui eu tava num jardim
Pelas banda de quarqué lugá pur aí a fóra
Otros dizi qui na fuloresta tô ancim
Correno iguá um caipóra.
Só sei qui de nada sei
A respeitio da minha dentidade
Ir pra lua já inté pensei
Pra percurá arguma maternidade.
Min dicéro qui in janêro
Tava eu lá cunversano cum a rainha
Qui comanda um furmiguêro
Veno lá quantas frumiga tinha.
Otros dizi qui tava eu lá no cume
Isperano pur lá a iscuridão
E qui saia avuano iguá vagalume
Teno as luz iguá um lampião.
Uns fala qui lenha eu carragava
Pros qui nun tinha fugão a gáiz
Otros dizi qui os mali eu curava
Quando pur aqui passô satanáiz
Fala qui fui a bola de gude a rolá
Jogada pelo minino no xão
Otros dizi qui fui o sabiá
Qui tava naquele arçapão.
Axo qui de tudo sô um tiquin
Inté as aza dum avião vuadô
Eu vévu a perguntá ancim
Pruquê eu mermo num sei nem quem sô.
Min cunseiáro a siguí a istrada reta
Adonde no fim da istrada mora um mongi
Lá ele min dixi qui pelo qui eu digo sô poeta
Das terra do isquiridim qui fica bem longi.
Mais num deu mutia lá garantia
Do qui sô e ou dondéquivim
Dizeno ele qui só cum mutia magia
É qui ia discubrí o qui tem dento de min.
E pur aí tô a percurá
Argúem qui fala o qui é mermo qui eu sô
Sinto cuma se fosse um bixo a violentá
As coiza da terra qui feiz o Nosso Sinhô.
Um animá selvagi eu num sô
Pois estes num mata ninguém
Cum instinto de bixo homi eu tô
Quereno fazê mardade a arguém.
Vixii! Nun é qui axêi minha dentidade!
Min fizéro para cunstruí a paiz!
Tô distruino a terra pur ruindade
Axo qui sô mermo é um satanaiz.
Esse trem pervéço, distruidô
Qui mata os índio, as fuloresta,
Sim sô esse bixo sem amô
Qui só sabe fazê o qui num presta.
Eu sô o bixo homi sim, esse trem que vévi a brigá
Essa coiza qui vévi a fazê as guerra
Esse iscurimundú qui fabrica fuguete pra matá
Fazeno cabá todos os vivente da terra.
Esse ordináro qui faiz o máu pur disafio
Qui tem o maió prazê, xega ficá surridente
Quando vai divastá, invenená e matá um rio
A cumeçá tirano as mata das nascente.
Eu tô in quarqué lugá qui tem a distruição
No presente urtimamente eu tô na Amazônia
Matano todas a fauna e derrubano as matação
Sô mermo esse bixo homi violento sem vregronia.
Eu uso u’a máscra pra mode dizê qui nun sô
Min aparento pur aí um ser mutio do bonzin
Mais pru dento!... Pru dentru eu sô um inganadô
Qui uso um seufi pra iscundê as coiza ruim.
Nun canço de fazê mardade para isso eu num nací
Penso in cê um trem bom, mais min axo inda prevéço
Eu já sujei tudo, já baguncei, já violentei tudo pur aqui
Agora já cumeçei a sujá e violentá o univerço.
Pelas coiza qui já fiço aqui já tô mutio sastifeitio
Tô filiz só em vê os gelo de pôco a pôco derretê
Axo qui eu já fiço tudo do qui tava no meu jeitio
Vô subi pra riba percurá argo no univerço preu fazê.
da Associated Press 18/02/2009
A colisão de dois satélites na última terça-feira gerou dezenas de milhares de fragmentos de lixo espacial que podem ameaçar outros satélites ao redor da Terra pelos próximos 10 mil anos, segundo especialistas afirmaram em Moscou.