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Poesias-->UM MARCO NA HISTÓRIA E SUAS MARAVILHAS -- 02/09/2009 - 13:12 (Maria Teresa Innecco Corrêa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM MARCO NA HISTÓRIA E SUAS MARAVILHAS



Não se trata apenas de exagero

pois seu relato é verdadeiro

Polo era um narrador meticuloso

e não, como muitos dizem, um mentiroso



Vou contar-lhes, a seguir, a história de um fantástico viajante

cujo “Livro das Maravilhas” é interessante

e sua vida impressionante



Acredita-se que, por volta de 1254, ele nasceu

e, com cerca de seis anos, sua mãe, que estava muito enferma, perdeu



Marco Polo era um menino sonhador que queria pelo mundo viajar

Quem diria que um simples mercador serviria o mais poderoso Imperador como embaixador?

Essa história, posteriormente, iria os europeus fascinar, porém a Igreja intrigar



Veneza, a Rainha do Adriático, cidade dos mercadores, as rotas de comércio com o Oriente dominava

Na Quarta Cruzada, em que se saiu vitoriosa, o objetivo real foi desviado

pois cristão contra cristão lutava

A cidade de Zara pelos venezianos era cobiçada

Em 1204, Constantinopla foi duramente derrotada



Veneza tornou-se uma cidade próspera através da forte atividade mercantil

Foi nesse contexto de opulência que a Família Polo surgiu

Por volta de 1033, eram nobres originários da Dalmácia

Como mercadores, por terem alcançado o Extremo Oriente, os irmãos Niccolò e Matteo Polo ficaram célebres pela audácia



Os dois baluartes do Catolicismo, o Papa e o Rei de França

pretendiam fazer com os mongóis uma estranha aliança



Estes quase penetraram, através de Viena, na Europa Ocidental

e, famosos por sua ferocidade, causaram neles um pavor sem igual



O objetivo da aliança franco-mongol era o Islã combater

Desde os tempos bíblicos, os cristãos começaram os ismaelitas como o Outro a ver



O Papado tinha como meta os mongóis cristianizar

por isso, decidiu os Polo como seus agentes para o Oriente pagão enviar



O jovem que antes nem sequer conhecia o próprio pai

Em 1275, mal chegado à corte, encantaria o grande Kublai



Marco dos costumes orientais era um curioso observador

e, da justiça em todo o Império, tornou-se um incansável defensor



Certo dia, o ambicioso Achmet, muçulmano e Ministro das Finanças, contra Kublai Khan conspirou

Descoberta a traição, o mongol à morte o condenou e que atirasse o seu corpo aos cães ordenou



Marco mencionou em seu Livro algumas pedras que queimam, sem saber que era, na verdade, o carvão

Quanto mais homens conhecesse, melhor seria para uma mulher em determinada região



No leito de um rio, somente o Imperador podia retirar as pedras preciosas

Quanto às mulheres de Zanzibar, Marco afirmou que tinham feições horrorosas



Alaeddin, o Velho da Montanha, num vale entre duas montanhas, um belo jardim mandou construir

e muitos jovens para o seu serviço começou a atrair



Por esse ilusório paraíso, ficaram impressionados e em uma droga chamada haxixe eram viciados



Mas Hulagu, neto de Genghis Khan, sabendo da tirania do velho Alaeddin, decidiu invadir o mundo muçulmano e a seu reinado pôr um fim

Ao cabo de três anos, sem mantimentos, com todos os recursos esgotados

O Velho da Montanha foi infamemente assassinado

Assim, o exército sarraceno finalmente aos mongóis se rendeu e, desde então, nenhum outro tirano como Alaeddin naquela região apareceu



O almíscar não é de origem mineral nem vegetal

Ele é, na verdade, de um animalzinho do tamanho de um gato e sem chifres retirado

Por ser um artigo muito fino, possui alto valor no mercado



Marco Polo era um homem sempre aberto às novidades

Após dezessete anos na China, ele, o pai e o tio de Veneza começaram a sentir saudades



Em 1298, já quarentão

Perdeu a guerra para Gênova

e acabou conhecendo Rustichello na prisão



Natural de Pisa, romances da Távola Redonda ele escrevia

Com a ajuda deste, para que não ficasse ocioso, sua viagem ao Oriente então lhe narraria

As riquezas da Ásia aos incrédulos revelaria



Por causa de suas fabulosas cifras, o veneziano foi apelidado de Marco Milhão

Segundo Rustichello, o que ele pôde ver pelo mundo jamais a homem algum foi dado ver, cristão, tártaro ou pagão



Giovanni Battista Ramusio fã e o primeiro biógrafo de Marco Polo se tornou

Foi a célebre lenda do viajante maltrapilho que no século XVI o consagrou



Marco não era um turista em férias. Não tendo deixado escapar nenhum detalhe sequer de todos os lugares que visitava, foi muito mais além

Casou-se com a jovem Donata Badoer, teve três filhas e, segundo o polista Stéphane Yerasimos, sua vida é um conto que termina bem



Nos anos sessenta, alguns mongolistas alemães disseram que Marco Polo jamais existiu

No entanto, permanecerá eternamente a lenda do viajante que não contou nem a metade do que viu



OBS: POESIA ESCRITA NO INÍCIO DE 2007.

















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