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Poesias-->O RAMALHETE -- 23/03/2001 - 18:17 (José Reynaldo Galasso) |
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O RAMALHETE
Lúgubres palavras
Reflexo de lúgubres pensamentos
Ecoaram no cômodo lúgubre.
A solidão estava no vaso de flores murchas,
Nas gavetas entulhadas de antigüidades,
Nos batentes gastos das portas semi-abertas.
Seus passos ecoaram úmidos
Empoeirados
Enquanto passava a mão nas lembranças
Que povoavam seu passado.
Com esforço
Abriu uma das folhas da janela.
O sol entrou mansamente
Calmamente iluminando
Nichos ensombrados.
Respirou o ar novo da manhã clara.
Encher os pulmões parecia um alívio,
A remissão de muitos pecados.
A neblina fria do novo dia refrescava.
Ervas daninhas dominavam o jardim
Sem rosas e sem perfumes.
Ao longe apenas o perfil de um monte
Morrendo cinza no mar azul
Visitado por um par de velas brancas.
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