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Poesias-->AREIAS -- 28/09/2009 - 22:03 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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No começo da manhã... No começo do que não sei sobre o amanhã
deitei meu corpo em areias sagradas..
Da minha e da tua nudez, testemunhada por sóis desavergonhados,
sobraram lembranças, sobraram desejos, sobraram milhares de grãos pequeninos -
tão gigantescos, que deles sobraram duas dúvidas e três certezas.
Na manhã que mal começava, nada de mau poderia ocorrer.
Quem sabe um suco com pouco açucar, pães ázimos de priscas eras
ou mesmo a falta do que não comer? Quem sabe a saudade antes do tempo,
o tremor pelo corpo a dentro, a vontade de sempre ter mais algo de você!
No começo daquilo que não sabíamos, andamos sobre águas salgadas,
brincamos com águas geladas, surfamos nosso êxtase entre interrogações
surdas. Muitos toques, olhos fechados, boca na boca, tilintar de mãos perdidas
por entre parênteses de prazeres
tão desavergonhados como os tais sóis luzídios,
que acordaram sem saber o porquê.
Sem saber se era começo... Sem saber se era apenas uma manhã...
Sem saber o que deveríamos saber,
deitados, tão pequenos, entre milhares de santos grãos,
aos poucos, de loucos amantes, passamos a homem e mulher sãos,
até que dormimos, mais um pouco,
os sonhos coloridos desta doce ilusão
.................................................que eu, de minha parte, chamo ... |
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