LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->2560 -- 07/11/2009 - 20:41 (maria da graça ferraz) |
|
|
| |
E tu me olhaste, e não me recordo
da cor de teus olhos
Teu olhar,criança,
tém a cor de quem acorda
após um sonho de amor
Ensina-me, criança, este teu olhar.
Olhar, que se, um dia, aprendi,
hoje, infeliz,confesso, esqueci
Ensina-me a pureza
de tudo que se sustenta,
sem precisar existir
Das coisas leves, inocentes,
perfumes, que sobem
Dos lírios nobres,
que, silentes, se abrem à noite
Dos vagalumes e das plumas
que, em transparência,brincam com o ar
Dos olhares-espelhos
diante dos quais anjos se arrumam
Deixa,criança, eu ser sua aluna!
Ensina-me a graciosidade
das coisas simples
sem culpa
pegas em flagantes
como este teu olhar de lupa,
suspenso nas árvores,
preso ao espaço ilimitado,
que não sabe a queda
e o destino das coisas da terra:
" o fim"
Ensina-me, criança, a natureza
das coisas incorpóreas de Deus
que falam, através de teu olhar
onde se revela o Grande mistério
ou Mistério nenhum
Porque teu olhar é COMPLETO!
Livro ABERTO!
Rati-plá! Rati-bum!
Deixa-me amar-te
neste precioso instante
antes que o mundo
a torne infame,
desejante,manhosa, comum
Ensina-me este teu olhar
E serei rica! Serei rica!
|
|