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Poesias-->DOMINGO -- 17/11/2009 - 18:17 (Divina de Jesus Scarpim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pela abertura da janela entrou

um raio de luz que se deitou confortavelmente no tapete da sala.

Acomodou-se quieto,

instalou uma paz silenciosa e alegre a seu lado

e adormeceu.

Todos andam pela casa, silenciosos,

calmos e guardando no fundo da alma uma alegria

tão discreta que a confundimos com uma profundíssima melancolia.

O raio de luz adormecido sobre o tapete sonha com fadas,

gnomos, duendes e seres vindos do mundo das fantasias.

Seres que andam pela casa e a pesquisam

e olham curiosos para as pessoas,

que suspiram profundamente sem poder vê-los.

Não sabem que esse suspiro é de pura lamentação.

Sua alma secreta chora uma lágrima doce

por não serem capazes de ver figuras tão belas.

O raio de luz tem um suave ressonar de descanso e beleza,

a beleza mágica de não saber que é belo.

E pequenas,

minúsculas e quase invisíveis fadinhas coloridas e brilhantes

aproveitam esse ressonar

para bailar alegres pelo raio de luz adormecido.

Passam lentas todas as horas do dia

e carregam com força,

com maldade e para sempre

o sol.



Enquanto o sol,

sob protestos e gritos imensos de agonia,

tão agudos,

tão altos que perturbam levemente o sono do raio de luz

que muda de lugar no tapete,

é arrastado,

a alma das pessoas é tomada sem que elas saibam porque

de uma verdadeira melancolia

prima ou irmã da morte.

E o sol é arrastado para a prisão do esquecimento eterno

no momento em que o raio de luz acorda,

abandona correndo a sala,

a casa, a vida das pessoas,

levando nos sonhos as imagens fantásticas

e deixando mortas e tristes as microscópicas fadazinhas.

As pessoas então se esquecem de que tanta coisa aconteceu

porque não viram nada.

Só o tapete da sala conserva com respeito e adoração

um tênue calor deixado pelo raio de luz

e um invisível desbotado em sua cor,

que é a tristeza de perder aquele anjo mágico

que sobre ele adormeceu.

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