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Poesias-->caminhada -- 19/12/2009 - 13:17 (valentina fraga) |
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Há muitos pés à minha frente,
que atravancam o caminho.
Bocas aos milhares que
Tentam inúteis expressar.
Turbilhão de braços e pernas
Que fazem mais parecer teias.
Está distante o que desejo...
Não há como alcançar...
Sigo, esgueirando-me pelo caminho,
deixando no corpo marcas dolorosas...
extremamente dolorosas.
roxos de cotoveladas e
mordidas dos mais ansiosos.
unhadas afoitas ferem minha
pele, deixando lanhos vermelhos.
Doi-me o corpo inteiro...
Mais a alma resignada,
Prossegue na batalha.
Há cada passo estou mais debilitada.
esgoto-me mais facilmente,
estou dolorida, sem forças...
ergo os braços para o alto,
como forma de suplicar,
que do alto venha mãos,
que me possam resgatar.
que me leve ao encontro.
Do meu rosto ferido brotam lagrimas
do esforço inutil, já me sinto débil.
O que era tudo, agora é nada,
Um grande nada sem sentido.
Valentina Franga |
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